domingo, 19 de dezembro de 2010

Resumo do texto: Museu Como Lugar de Pesquisa de Daniel Bitter

Enviado por Waleska Modesto


1-O Museu Como Espaço de Pesquisa e Produção de Conhecimento
O autor  nos mostra no texto que no século XVIII ocorreram mudanças que geraram uma maior importância aos acervos exibidos pelos museus.
2- As atribuições do Museu
 Por mais que exista uma profunda transformação dos museus e muitas definições  das mesmas, todos concordam com a definição do do ICOM, que museus são instituições de interesse público com o intuito de estudar, preservar, expor e valorizar os testemunhos materiais do homem...
O Museólogo pode trabalhar em vários locais alem dos museus, como por exemplo: aquários, zoológicos, centros de ciência, etc.
Os Museus transmitem grande parte de seu conhecimento através das exposições , onde exibem grande parte de seu acervo , esses objetos são considerados vestígios de realidades passadas. Mesmo nos museus sonoros  tipo o de música sempre há expostos  instrumentos, partituras, entre outros.
Os Museus promovem várias ações , tipo , pesquisas ,atividades educativas...
As atividades desenvolvidas em museus requer vários tipos de profissionais  como o museólogo, curador, pesquisador, etc. Para os visitantes de museus a maioria desses profissionais não são vistos pois o trabalho deles na maior parte do tempo é nos bastidores, o que não diminui a sua importância.
3- A formação das coleções
Esse processo ocorre por vários formas, como por compra, por doação e outros. Uma grande forma de coleção é feita por doação de familiares quando um ente querido falece e deixa sua coleção particular. Temos como exemplo a coleção de arte de Gilberto Chateaubriand que esta abrigada no MAM.
Existe nos museus uma importante área chamada de reserva técnica onde são guardados e conservados os objetos que não são expostos, mas que mesmo assim podem ser estudados por quem se interesse , essas peças também podem ser emprestadas para exposições de outras instituições.
4- Os profissionais do museu
Os museus precisam de profissionais qualificados como restauradores, museólogos, pesquisadores, curadores, técnicos de montagem e iluminação que tenham conhecimentos especiais em conservação,restauração, etc.
Estes profissionais cuidam  da organização e da classificação das peças, e também são responsáveis por buscar informações sobre essas peças para compor o acervo.
5- Relação entre as ciências e o museu
“...os museus também mudam, se transformam.”
As exposições podem ser entendidas de várias formas, dependendo da bagagem de conhecimentos de cada visitante.
6- O museu e o publico
Os Museus chegam ao século XXI como lugar de sucesso e com um publico muito heterogêneo, oferecendo aos visitantes várias oportunidades.
Nos dias de hoje há ainda os museus que impedem um maior contato dos visitantes com suas peças, por motivo de segurança eles cercam as peças de alarmes de segurança impedindo que sejam tocadas. Já outros museus buscam que seus visitantes interajam com a exposição, fazendo assim que sua visita seja mais proveitosa.   


quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

JOSÉ AUGUSTO GARCEZ, PRECURSOR DA MUSEOLOGIA SERGIPANA

No mês de maio, período em que se comemora a Semana de Museus no Brasil, faz-se necessário resgatar fragmentos da história de um homem que contribuiu significativamente para o desenvolvimento e formação do pensamento museológico sergipano. 

De acordo com a museóloga Cristina Bruno, “a construção da memória da Museologia é uma tarefa que não pode ser realizada, muitas vezes, sem o estudo biográfico e a análise da produção de seus principais protagonistas” (Bruno & Neves. Museus como agentes de mudança social e desenvolvimento. São Cristóvão: Museu de Arqueologia de Xingó, 2008. p. 23). Esse é o caso da Museologia sergipana, pois a trajetória do colecionador e museólogo José Augusto Garcez, se entrelaça com a história cultural do Estado de Sergipe, principalmente nas décadas de 1940 e 1950 do século XX, onde exerceu uma forte influência para o desenvolvimento dos nossos museus. 

Nascido em 1918, na Usina Escurial (São Cristóvão), filho de Silvio Sobral Garcez e Carolina Sobral Garcez, iniciou seus estudos secundários no Colégio Tobias Barreto, concluindo-os no Colégio Maristas, em Salvador. Mais tarde, ainda na Bahia, iniciou o Curso de Direito, que, por motivos de saúde, não chegou a concluir. Foi nesse momento de fragilidade física que, Garcez conheceu o médico Prado Valadares, de quem se tornou amigo e a quem dedicou um interessante texto biográfico, em 1938. Iniciando sua atuação como articulista, aos 20 anos, Garcez passa a contribuir com vários jornais na Bahia, no Rio de Janeiro, em São Paulo e, sobretudo, na imprensa sergipana. 

Intelectual atuante e aficionado pelo universo da cultura, José Augusto Garcez fez parte de mais de uma dezena de instituições culturais, dentre elas o Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe (IHGSE), a Sociedade Brasileira de Folclore, a Associação Sergipana e Brasileira de Imprensa. Ingressou na Academia Sergipana de Letras em 15 de novembro de 1972, tornando-se o ocupante da cadeira de número 22. Em 1953, fundou um dos mais importantes movimentos culturais do Estado, o Movimento Cultural de Sergipe, responsável pela edição de dezenas de livros, chegando à década de 1960, com 37 volumes publicados, revelando e destacando grandes nomes da literatura sergipana. 

Imbuído do desejo de musealizar as raízes culturais de Sergipe, José Augusto Garcez fundou, em 1948, e manteve com recursos próprios, o “Museu Sergipano de Arte e Tradição”, o qual foi detentor de um grande acervo referente à cultura material de Sergipe, resultado de coletas feitas em suas viagens pelo interior do Estado. A partir de suas ações museológicas, Sergipe passa a se destacar no quadro da museologia nacional, acompanhando o período de efervescência do surgimento dos Museus de Arte Moderna. Nesse sentido, Maria Cecília Lourenço informa que, naquele contexto, “nem todos [os museus] são chamados de Museu de Arte (...). Outros contêm em sua denominação Museu de Arte e Tradição, como os do Estado do Sergipe, sediados em Aracaju (1948) e na cidade de Itaporanga D’Ajuda” (LOURENÇO. Museus Acolhem Moderno. EdUFS, 1999, p.89). 

Foi no Museu de Arte e Tradição que o intelectual preservou, pesquisou e comunicou parte do patrimônio salvaguardado. Mesmo funcionando em um espaço inapropriado, o que limitava a expografia e dava um aspecto de grande reserva técnica ou depósito, a instituição cumpriu suas funções museais, conferindo-lhe destaque diante de sua funcionalidade e sendo bastante visitado. Foi nesse cenário que ocorreu um progressivo desenvolvimento das pesquisas e estudos da cultura material sergipana, desdobrando-se em algumas publicações, a exemplo de “Canudos Submersos” (1956), “Holandeses em Sergipe” (no prelo), “O destino da Província” (1954), dentre outros. Sua casa tornou-se um centro irradiador do pensamento museológico sergipano, sendo sua coleção uma chave reveladora para o seu entendimento, através da qual seus estudos construíam, reconstruíam e desconstruíam versões pautadas no processo da pesquisa de documentação museológica. 

Como reza o ditado popular, “costume de casa vai à praça”, assim fez o colecionador, extrapolando para além da sua residência, os conhecimentos museológicos. Sabedor do poder do rádio, enquanto instrumento de educação e expansão da cultura, Garcez criou o programa “Panorama Cultural”, em 1949, na antiga Rádio PRJ 6, o qual se caracterizou pela divulgação das atividades de pesquisa desenvolvidas no âmbito do Museu de Arte e Tradição, entre elas poesia, literatura brasileira e sergipana. 

Garcez foi o idealizador do Serviço de Pesquisa e Documentação Cultural-Científica, cuja função era resgatar documentos que versavam sobre a história sergipana, criando, também a Biblioteca Popular Tobias Barreto, fatos que atestam as idéias do colecionador em ressaltar os valores culturais de Sergipe. 

Atuando em vários planos da Museologia, Garcez foi da prática à teoria com o seu livro “Realidade e Destino dos Museus” (Aracaju: Livraria Regina, 1958), sendo o responsável por uma obra pioneira de análise crítica e comparativa das primeiras instituições museológicas do Estado de Sergipe. Através da sua leitura é possível perceber a sua insurgente atuação em prol da cultura sergipana, sobretudo no campo Museológico, reivindicando melhorias para os nossos museus e, até mesmo, a criação de um museu para a cidade de Aracaju. 

Partindo dessa breve análise da atuação de Garcez, podemos concluir que a sua preocupação com a musealização da memória cultural de Sergipe e a sua atuação prática – fazendo do Museu Sergipano de Arte e Tradição o primeiro espaço que efetivamente desenvolveu as funções básicas de uma instituição museal: a preservação, pesquisa e comunicação – torna-o precursor do pensamento museológico sergipano. Em 1976, parte da sua coleção foi vendida para o governo do Estado e passou a compor os acervos do Museu Histórico de Sergipe (São Cristóvão), do Museu Afro-Brasileiro de Sergipe (Laranjeiras) e do Arquivo Público Estadual, em Aracaju. 

Em 12 de janeiro de 1992, aos 74 anos, José Augusto Garcez faleceu em Aracaju. Na ocasião, Luiz Antônio Barreto destacou que: “mais do que a foto antiga repleta de mortos, fica a memória, o gesto (...) abençoa[n]do a todos que buscavam na sua casa - mais que uma casa, um refúgio e um museu - o contato e o convívio da intimidade que a cultura sempre fez possível, pela linguagem do mesmo fazer” (José Augusto Garcez, um estranho homem. Revista do IHGSE. N° 31, 1992). Assim, entre os que fazem a Museologia sergipana hoje, resta uma dívida para com Garcez, homem cuja obra pode e deve ser resgatada e discutida.

Texto: Cláudio de Jesus Santos (Acadêmico do curso de Museologia e integrante do Grupo de Estudos e Pesquisas em História das Mulheres da Universidade Federal de Sergipe)

EXPOSIÇÃO TEXTUAL É ABERTA NA OFICINA ESCOLA DE LARANJEIRAS



A I Exposição Textual intitulada: ‘Da Palavra ao Texto: dando um novo rumo ao conhecimento’, foi aberta nesta segunda-feira, 13 de dezembro, e vai até o dia 17, sexta-feira. O evento acontece na Oficina Escola de Laranjeiras e estará aberto aos visitantes nos períodos da manhã e tarde, expondo textos dos alunos da disciplina ‘Produção de Texto I’. Na manhã de hoje (13/12), os próprios discentes montaram a exposição, criando um ambiente bem rústico, lembrando um verdadeiro espaço de produção de textos. Na foto, os alunos da disciplina e professor responsável, Fábio Figueirôa (camisa azul).




O trabalho foi impresso em tamanho A3, papel “couchet”, diagramados e moldurados, onde a maioria dos textos já faz parte do objeto de estudo da monografia de cada um.

“Uma forma de incentivá-los e prepará-los para algo muito maior: o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)”, diz o professor orientador, Fábio Figueirôa. Na abertura, foi oferecido um coquetel aos convidados, participantes e professores do campus de Laranjeiras da UFS.

No término da exposição presencial, todos os textos estarão disponíveis para acesso na internet. A produção será postada na íntegra, com as referências bibliográficas, em formato de artigo, aqui no portal Museus em Sergipe. É que pela primeira vez em Sergipe, foi criado um portal na web para divulgação de assuntos relacionados à museologia, a cultura, ao patrimônio e eventos relacionados aos espaços museais de Sergipe.

O site www.infonet.com.br/museusemsergipe foi criado pelo professor Figueirôa, com a ajuda de alunos do curso e com o apoio do portal Infonet. “O Museus em Sergipe surge devido à carência que sentimos durante a disciplina ‘Tópicos Especiais em Educação e Comunicação nos Museus’. Observamos que no Estado não há um espaço na internet que divulgue os eventos, museus e galerias existentes. Com isso, iremos publicar as produções textuais dos alunos do curso de Museologia também na web”, finaliza.



Alunos montando a exposição.



FICHA TÉCNICA
I Exposição Textual - "Da Palavra ao Texto: Dando um Novo Rumo ao Conhecimento"

Exposição do curso de Museologia da Universidade Federal de Sergipe/Campus Laranjeiras

Idealizador da exposição: Prof. M.Sc. Fábio Figueirôa

Diagramação, correção e orientação dos textos: Prof. M.Sc. Fábio Figueirôa

Arte e programação visual: Prof. M.Sc. Fábio Figueirôa

Equipe de Montagem: ALESSANDRA PEREIRA SANTOS BRITO, ANGELA MARIA FERREIRA DE ANDRADE, BENEDITO SANTOS, HILDENIA SANTOS DE OLIVEIRA, KATIANE ALVES DOS SANTOS, MARIA MARCIA CRISANTO LEAO MONTIJANO, ELISÂNGELA BARRETO, ROSANGELA SANTOS DOS REIS.

Autores dos textos:
ALESSANDRA PEREIRA SANTOS BRITO, ÂNGELA MARIA FERREIRA DE ANDRADE, BENEDITO SANTOS, ELISÂNGELA BARRETO, FÁBIO COSTA FIGUEIRÔA, HILDÊNIA SANTOS DE OLIVEIRA, JOVELINA MARIA DE SANTANA, KATIANE ALVES DOS SANTOS, MARIA MÁRCIA CRISANTO LEÃO MONTIJANO, RAMON DIEGO FONSECA COSTA E ROSANGELA SANTOS DOS REIS. 



Por Prof. Fábio Figueirôa 

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Museu Afro-brasileiro

Museo Afro-brasileiro

Prédio onde está situado a Museu Afro

Fachada do Museu Afro





Criado em 1976, o Museu Afro-brasileiro de Sergipe foi montado especificamente para o estudo da presença do negro na formação do povo brasileiro. Mantém em acervo em exposição permanente, com peças ligadas à produção açucareira. Instrumentos de tortura utilizados pelo branco durante o período da escravidão, mobiliários e meios de transporte usados pelos senhores de engenho. 

O museu está localizado em um sobrado do século XIX, na Rua José do Prado Franco, nº 70, em Laranjeiras. O espaço fica aberto ao público de terça a domingo, das 10h às 17h e nos finais de semana das 13h às 17 h. Mais informações através do telefone: (0xx79) 3281 2418. 

Visitar o Museu Afro-Brasileiro de Laranjeiras é tomar contato com os dois lados da presença africana no Brasil, o do sofrimento da escravatura, através dos instrumentos de tortura expostos , e da rica contribuição cultural  que nos foi legada.



Casa de Folclore Zé Candunga

Fachada da Casa do Folclore Zé Candunga


Local que abriga representações do folclore do estado sergipano, a Casa de Folclore Zé Candunga está situada na Travessa Coronel de Freitas, 49, na cidade de Laranjeiras e possui um acervo que é um referencial para narrar a história das manifestações folclóricas local.  

Funcionando de  8 às 11 horas da manhã e de 14 às 15 horas da tarde nos dias de terça a sexta, além de abrir nos feriados e nos finais de semana, essa entidade nos permite conhecer festejos, costumes, a identidade do nosso povo.

O acervo da instituição possui desde objetos que representam grupos folclóricos local, (seus trajes, instrumentos), estandartes dos Encontros Culturais de Laranjeiras e homenagens a ilustres estudiosos, brincantes, que fortaleceram a cultura do nosso Estado.

Atualmente, a Casa está sobre direção de José Antônio e possui dois funcionários que ajudarão aos visitantes nesse mergulho na nossa história.

Alguns dos acervos expostos na Casa de Folclore Zé Candunga:

Parte do acervo da Casa de Folclore Zé Candunga. Uma visita importante que resgata o folclore laranjeirense.

Bonecas e fotografias que resgatam o folclore na Casa Zé Candunga.

Outra foto que registra o acervo da Casa de Folclore Zé Candunga. Fotos das alunas Iris e Ingrid.




  • As alunas Ingrid Batista Santos e Iris Wliany da Costa Tavares, com a coordenação do professor Fábio Figueirôa, são as autoras das fotos da Casa de Cultura Zé Candunga.

Casa de Cultura João Ribeiro

Fachada da Casa de Cultura João Ribeiro


Nascido em 24 de junho de 1860 e criado onde hoje se localiza a Casa de Cultura que leva o seu nome. João Ribeiro iniciou seus estudos em Laranjeiras, terminando-os no Atheneu Sergipense, em Aracaju, no ano de 1880. 


João Ribeiro

Visitação
Local: Rua João Ribeiro, s/n, Laranjeiras – Sergipe
Horários de visitação: de Terça à Sexta, das 10h às 17h
Valor da Visitação: Gratuito

sábado, 4 de dezembro de 2010

I Exposição Textual




Enviado por Prof. Fábio Figueirôa 
‘Da Palavra ao Texto: dando um novo rumo ao conhecimento’. Esse é o título da I Exposição Textual realizada pelos alunos do curso de Museologia da Universidade Federal de Sergipe. O evento acontece de 13 a 17 de dezembro, na Oficina Escola de Laranjeiras, a partir das 9h, expondo as produções dos alunos da disciplina ‘Produção de Texto I’, em tamanho A3, papel “couchet”, diagramados e moldurados, onde a maioria dos textos já faz parte do objeto de estudo da monografia de cada um. “Uma forma de incentivá-los e prepará-los para algo muito maior: o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)”, diz o professor orientador, Fábio Figueirôa. Na abertura, será oferecido um coquetel aos convidados, participantes e professores do campus de Laranjeiras da UFS.

No término da exposição presencial, todos os textos estarão disponíveis para acesso na internet. A produção será postada na íntegra, com as referências bibliográficas, em formato de artigo. É que pela primeira vez em Sergipe, foi criado um portal na web para divulgação de assuntos relacionados à museologia, a cultura, ao patrimônio e eventos relacionados aos espaços museais de Sergipe. O sitewww.infonet.com.br/museusemsergipe foi criado pelo professor Figueirôa, com a ajuda alunos do curso e apoio do portal Infonet. “O Museus em Sergipe surge devido à carência que sentimos durante a disciplina ‘Tópicos Especiais em Educação e Comunicação nos Museus’. Observamos que no Estado não há um espaço na internet que divulgue os eventos, museus e galerias existentes. Com isso, iremos publicar as produções textuais dos alunos do curso de Museologia também na web”, finaliza.


Folclore Sergipano

A explosão de cores e sons.
Sergipe ainda guarda em seu território, principalmente nas cidades de Laranjeiras, Japaratuba, São Cristóvão e Estância, uma grande quantidade de grupos folclóricos originais que mantém vivas as tradições populares. Uma verdadeira explosão de cores e sons expressos em criativas cantigas, belíssimas danças e encenações.

 A riqueza de demonstrações da cultura sergipana permite ao visitante e aos estudiosos, a oportunidade de conhecer a arte e a festividade do povo dessa terra. Estas celebrações festivas ficam mais intensas no decorrer do ciclo natalino, nos meses que circundam as datas comemorativas do nascimento de Jesus e das festas dos Santos Reis, e no ciclo junino, marcado pelas festas de colheita e devoção aos santos São José, São João, São Pedro e Santo Antônio.

O folclore sergipano é parte do patrimônio imaterial do Estado, e demonstra a capacidade criativa de seu povo em perpetuar a sua arte de brincar, cantar, dançar e representar, recriando suas tradições. 

Alguns exemplos de danças folclóricas do estado Sergipano:

Samba de Parelha

Festa popular também proveniente do Povoado de Mussurca, em Laranjeiras. Vários pares de mulheres, dançam de forma ritmada e cadenciada em círculo, ao mesmo tempo em que o som contagiante da percussão é embalado por suas pisadas fortes no chão. A traje do grupo é um vestido de chita, chapéu de palha e chinela ou tamanco.

Parafusos

O interessante grupo conta a história dos escravos que melavam seus corpos com farinha e vestiam as anáguas de baianas para fugir pelos canaviais em direção aos quilombos. Segundo conta a história, os moradores das fazendas pensavam que eram assombrações e dessa forma os negros conseguiam fugir. Seus integrantes dançam dando giros ao redor do próprio corpo, daí a origem do nome de Parafusos.

Taieiras

É um grupo formado por mulheres que integram os festejos do Dia de Reis em Laranjeiras. Possui características religiosas e profanas e reverenciam dois santos que eram fortemente louvados pelos escravos, São Benedito e Nossa Senhora do Rosário.  Os adereços e trajes, utilizados nessa celebração, chamam a atenção pelas cores vivas do vermelho, branco, azul e amarelo. Todo ano, no início do mês de janeiro, a rainha da Taieira é coroada numa bela cerimônia de sons e sincretismo.

Reisado

É a celebração que encena a chegada dos reis magos e tem como principal finalidade louvar o menino Jesus. O bailado e a alegria, representados pelo grupo, formam um teatro contagiante. Essa manifestação acontece nas cidades históricas de Laranjeiras e São Cristóvão e em Japaratuba. No município de Pirambu, encontra-se o Reisado do Povoado Marimbondo, comandado pelo brincante Sabal, e um dos mais animados do Estado.

Chegança

Manifestação popular que apresenta temas ligados à vida do mar e às lutas entre cristãos e mouros. Seus personagens trajam-se de marujos que representam a marinha com seus títulos hierárquicos.  Para a encenação dos personagens mouros, os alguns integrantes do grupo incorporam os reis, embaixadores e príncipes de séculos passados. O balé mantido com rica coreografia e música cantada e instrumental, compõe várias jornadas que contam e expressam a história que esse manifesto propõe.
Laranjeiras e Lagarto são as cidade que mantém esses grupos ativamente.

Dança de São Gonçalo

Dança ritual realizada só por homens em homenagem a São Gonçalo. Segundo a crença, o santo da religião católica, quando jovem, era farrista, gostava de tocar viola e dançar com as prostitutas para impedí-las de pecar. Em outros relatos históricos, São Gonçalo era um marinheiro que conseguia atrair peixes com seus cantos e toques de viola, pescá-los e distribuí-los aos pobres. Os homens que dançam ao redor do violeiro são conhecidos como "as figuras", e representam as mulheres que deixavam a prostituição para dançar ao redor do santo. Por isso, o grupo se veste à base de indumentária e adornos femininos, à exceção do "patrão" que veste traje de marinheiro.  Um dos grupos de São Gonçalo mais conhecidos do estado é proveniente do povoado de Mussurca, em Laranjeiras.

Cacumbi

Dança de origem africana considerada, que tem a participação somente de homens, que tocam instrumentos rítmicos: ganzá, pandeiro, reco-reco, caixas e onça (espécie de cuíca mais rústica), e bailam em círculo com movimentos sincronizados. Na época de Reis, em Japaratuba, coroam-se reis e rainhas do Cacumbi antes do desfile dos grupos folclóricos que saem pelas ruas da cidade fazendo uma grande festa.
Essa manifestação pode ser vista no mês de janeiro nas cidades de Laranjeiras, Japaratuba e Japoatã. Acontece no município de Lagarto.




Renda irlandesa de Sergipe é Patrimônio Cultural


O modo de fazer a renda irlandesa, tendo como referência as peças produzidas pelas artesãs do município de Divina Pastora/SE, foi incluído no Livro de Registro dos Saberes e reconhecido como Patrimônio Cultural do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
A renda irlandesa produzida pelas mulheres de Divina Pastora, bem como em outros municípios de Sergipe, é classificada como do tipo “renda de agulha”. No processo de registro estão listadas duas dezenas de pontos apresentados em mostruário, os quais são nomeados com base na analogia a animais e vegetais que integram o universo das rendeiras, como por exemplo, pé-de-galinha, espinha-de-peixe, aranha, casinha-de-abelha e abacaxi.
A Associação para o Desenvolvimento da Renda de Divina Pastora (Asderen) foi fundada em 2000 com o apoio do Programa Artesanato Solidário e reúne atualmente 87 integrantes. Os pesquisadores, com a colaboração da associação, catalogaram 122 rendeiras entre associadas e não-associadas em Divina Pastora e em outras sete localidades.


Fonte:  ascom – Iphan

Rua do Turista é inaugurada em Aracaju

Antiga Rua 24 Horas, inaugurada na noite desta segunda, 29, foi recuperada através de um investimento do Governo de mais de um milhão de reais.

A geração de empregos, o incremento do turismo e a revitalização do Centro de Aracaju serão alguns dos benefícios proporcionados pela Rua do Turista. Depois de seis anos desativado, o espaço que abrigava a antiga Rua 24 Horas foi reaberto ao público na noite desta segunda-feira, 29, pelo governador do Estado, Marcelo Déda. Recuperado através de um investimento de R$ 1.406.800,18, o ambiente seguirá com o mesmo conceito da estrutura anterior, mas terá como maior diferencial a instalação de um novo Centro de Atendimento ao Cidadão (Ceac).
"O Estado tem que cumprir o papel de viabilizar, através de suas ações, o crescimento da nossa economia, com a geração de empregos para o nosso povo. O turismo e o comércio são dois elementos fundamentais para o crescimento de Sergipe. E esse espaço é importante tanto do ponto de vista econômico, na geração de emprego, na abertura de novas oportunidades de negócios, quanto do ponto de vista turístico, porque cria um novo espaço para os nossos visitantes", colocou Marcelo Déda.
O governador ressaltou que o ambiente não funcionará 24 horas em virtude de não haver uma tradição entre os aracajuanos e turistas que visitam a cidade de uma permanência naquele espaço por toda a madrugada. "Talvez nem mesmo os comerciantes tivessem suporte de capital para bancar os custos de uma folha de pagamento estendida ao longo de 24 horas", explicou Déda, lembrando que o funcionamento de segunda a sexta-feira irá das 8h às 20h - já no sábado será das 8h às 14h.
Segundo o governador, o objetivo do poder público estadual será manter a estrutura como uma "passarela de comunicação" do comércio aracajuano com o centro de artesanato e turismo presente na antiga Rua 24 Horas. "E dotá-la de uma estrutura mínima de comercialização, estimulando novos negócios, estimulando a geração de empregos e viabilizando um ‘oásis' no Centro da cidade aonde o turista e o aracajuano que vem fazer compras podem visitar essas lojas, ajudando a revitalizar o Centro comercial da nossa capital", acrescentou.
Mas para assegurar a presença de um bom público de forma constante no local, o Governo decidiu instalar na Rua do Turista o primeiro Ceac do Centro aracajuano. "É uma loja que nós temos, para praticar uma atividade que é nossa finalidade: servir ao povo. E para atender uma demanda do povo sergipano, que é ampliar a rede de Ceac's. Então concebemos o Ceac do Centro de Aracaju; todo o primeiro andar vai ser a sede", concluiu Déda, revelando que a novidade será inaugurada já no próximo mês de março.
Revitalização

Outra consequencia positiva, destacada pelo prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira, está na contribuição significativa que a melhoria proporcionará ao processo de revitalização do Centro histórico da capital. "É um esforço que nós temos empregado nesse sentido e essa obra vem para se somar", disse o prefeito, que coloca ainda no mesmo contexto a ampla reforma realizada pelo Governo do Estado no Palácio-Museu Olímpio Campos.
"Com a abertura de espaços como esse nós damos uma destinação e uma utilidade ao Centro de Aracaju, trazendo para cá sergipanos e turistas. Com isso aqui funcionando teremos mais uma atração, beneficiando inclusive aqueles que têm lojas nas cercanias", opinou Marcelo Déda.
Centro de Turismo
Ainda na Rua do Turista, está previsto para o início de 2011 o investimento de R$ 330 mil na reforma do Centro de Turismo localizado logo na entrada que fica em frente à praça Olímpio Campos. "Vai passar por um processo de reforma, com recursos já captados e licitação em curso", informou o secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Turismo (Sedetec), Jorge Santana.
Shopping
A antiga Rua 24 horas foi inaugurada em 1994, mas foi fechada em 2004 com o objetivo de ser transformada num shopping. "Era um investimento muito alto e não houve investidor privado interessado", comenta o secretário Jorge Santana. Como o projeto não obteve êxito, foi abandonado durante os anos seguintes.
"Quando iniciamos no Governo encontramos o prédio abandonado. Então iniciamos as tratativas e conseguimos finalmente fazer a reforma, modernizando e incorporando equipamentos novos como o Ceac", exalta Santana. "É um espaço que oferta maior conforto; uma obra marcante, pelo que foi no passado e o que passa a ser", diz.
Detalhes

Desde já estão abertas as 14 lojas comerciais situadas no térreo da Rua do Turista. O local também possui três lanchonetes, quatro banheiros adaptados para deficientes físicos e palco para shows - toda a manutenção ficará sob a responsabilidade da empresa que venceu o processo licitatório realizado para tal fim. Além do Ceac, uma novidade será a Sala Avenida Brasil (antigo Cinema Vitória), que terá suas atividades administradas pela Casa Curta-Se.
Trata-se de um projeto de Emenda Parlamentar do deputado federal Iran Barbosa que está cadastrado e tramitando no Ministério da Cultura desde 2009, esperando empenho e execução financeira para que seja possível comprar os equipamentos e poltronas previstos no projeto e definitivamente implantar a sala, que tem capacidade para 130 lugares. 

Cultura Sergipana


Arte Popular

    A variedade de formas e matérias-primas atesta uma tradição que sobrevive com originalidade ao tempo
    O artesanato, cuja técnica é transmitida de geração a geração, é uma forma de trabalho espalhada por grande parte do território sergipano. Para muitos, esse trabalho constitui fonte de complementação ou até única fonte de renda.

    Entre as peças, há aquelas que se destacam pela beleza e riqueza de detalhes, como é o caso da renda irlandesa, confeccionada no município de Divina Pastora. Além disso, o visitante poderá encontrar verdadeiras preciosidades que demonstram a criatividade do artesão sergipano, capaz de inovar sem que sua obra perca as características típicas.


    O artesanato de Sergipe ultrapassa fronteiras regionais, abastece lojas sofisticadas de artigos de decoração e fornece rendas e bordados para confecções de grifes famosas.

    A cerâmica de Santana do São Francisco, antiga Carrapicho, reúne comunidades de artesãos. A principal fonte de renda do município é o artesanato de argila e sua confecção envolve adultos e crianças. A maior parte da produção é utilitária e constituída de moringas, potes, vasos, panelas e pratos que são vendidos a granel nas feiras. A cerâmica figurativa retrata o homem rural e seu modo de vida. Entre os ceramistas destacam-se Beto Pezão, natural de Santana de São Francisco, porém residente em Aracaju, e Judite Santeira, do município de Estância.



    Além da renda irlandesa e da cerâmica, a cestaria é outro tipo de artesanato encontrado em Sergipe. A prática veio de herança indígena e africana (como a cerâmica) e utiliza como matéria prima, cipó, taquara, junco, fibra e palha de palmáceas. São confeccionados, entre outros, caçuás, balaios, cestas, bolsas, chapéus e esteiras.
    Todavia, é no setor de bordados e rendas, que o artesanato sergipano ostenta grande produção. É freqüente observar, em vilarejos e povoados, mulheres sentadas em frente às suas casas bordando. O bordado característico de Sergipe é o rendendê, associado ou não ao ponto de cruz. O rendendê é produzido nos municípios de Própria, Malhada dos Bois, Cedro de São João, Aquidabã, Tobias Barreto e Lagarto. Há bordados de considerável refinamento quanto ao desenho, combinação de cores e acabamento. São produzidas toalhas e caminhos de mesas, colchas, panos de prato, blusas, entre outros.

    Ainda é possível encontrar no sertão do estado, mais precisamente no município de Poço Redondo, as rendas de bilro, peças de madeira compostas de uma haste com a extremidade em forma de bola ou fuso, que recebe o nome de 'cabeça de bilro'.

    Artesanato e o sertanejo
    O artesanato de couro está ligado à vida sertaneja. Chapéus, apetrechos de montaria, gibão, sandálias, além de cintos e carteiras. Além do couro, a madeira também é utilizada para confecção de utensílios, como colheres de pau e gamelas de todos os tamanhos, tamboretes, apitos de chamar passarinhos e produção figurativa.

    No artesanato de madeira, o destaque cabe a Cícero Alves dos Santos, nome de batismo do artista conhecido como “Veio”.  O artesão mantém, a 8 km da sede do município de Nossa Senhora da Glória, na Rodovia Engenheiro Jorge Neto, um museu a céu aberto. É o 'Sítio Sóarte', com suas esculturas gigantes iluminadas pelo sol da caatinga. Escultor intuitivo, “Veio” usa o canivete e o formão para fazer emergir de troncos e galhos retorcidos de mulungu ou jurema, catados na região, totens, carrancas, animais e figuras humanas. Suas esculturas são despojadas, rústicas e de vigorosa expressividade.

    Há ainda toda uma produção artesanal voltada para as brincadeiras de criança, como o mané-gostoso, pião, bonecas de pano, carrinhos de lata ou madeira, panelinhas de barro e outros utensílios de cozinha, miniaturas de mobiliários, além de cavalos e bois, que transportam o mundo dos adultos para o faz-de-conta infantil.

    As cidades do estado que se destacam pelo artesanato são: Santana do São Francisco, Simão Dias, Cedro de São João, Aquidabã e Própria. Em Aracaju, o artesanato de todo o estado pode ser encontrado no Centro de Turismo, no Mercado Central, no Centro de Arte e Cultura da Orla de Atalaia e na feirinha da Praça Tobias Barreto. 

    quinta-feira, 21 de outubro de 2010

    ALUNOS DA UFS PREPARAM FERRAMENTAS DE COMUNICAÇÃO PARA DIVULGAR MUSEOLOGIA EM SERGIPE

    Enviado por Fábio Figueirôa 






    Os alunos da disciplina "Tópicos Especiais em Educação e Comunicação em Museus", do curso de Museologia da Universidade Federal de Sergipe, 2010/2, sob a orientação do professor M.Sc. Fábio Figueirôa, estão criando várias ferramentas de comunicação com o objetivo de divulgar os espaços museais do Estado na internet e consequentemente o curso de Meseologia da UFS. 

    "Durante várias pesquisas na rede e em discussão com os alunos em sala de aula, percebemos que em Sergipe, há pouca divulgação dos museus na rede mundial de computadores. Partindo dessa premissa", diz o professor Figueirôa.

    Participam dessas atividades os alunos Lucas, Ingrid, Waleska, Ângela e Iris.