domingo, 19 de dezembro de 2010

Resumo do texto: Museu Como Lugar de Pesquisa de Daniel Bitter

Enviado por Waleska Modesto


1-O Museu Como Espaço de Pesquisa e Produção de Conhecimento
O autor  nos mostra no texto que no século XVIII ocorreram mudanças que geraram uma maior importância aos acervos exibidos pelos museus.
2- As atribuições do Museu
 Por mais que exista uma profunda transformação dos museus e muitas definições  das mesmas, todos concordam com a definição do do ICOM, que museus são instituições de interesse público com o intuito de estudar, preservar, expor e valorizar os testemunhos materiais do homem...
O Museólogo pode trabalhar em vários locais alem dos museus, como por exemplo: aquários, zoológicos, centros de ciência, etc.
Os Museus transmitem grande parte de seu conhecimento através das exposições , onde exibem grande parte de seu acervo , esses objetos são considerados vestígios de realidades passadas. Mesmo nos museus sonoros  tipo o de música sempre há expostos  instrumentos, partituras, entre outros.
Os Museus promovem várias ações , tipo , pesquisas ,atividades educativas...
As atividades desenvolvidas em museus requer vários tipos de profissionais  como o museólogo, curador, pesquisador, etc. Para os visitantes de museus a maioria desses profissionais não são vistos pois o trabalho deles na maior parte do tempo é nos bastidores, o que não diminui a sua importância.
3- A formação das coleções
Esse processo ocorre por vários formas, como por compra, por doação e outros. Uma grande forma de coleção é feita por doação de familiares quando um ente querido falece e deixa sua coleção particular. Temos como exemplo a coleção de arte de Gilberto Chateaubriand que esta abrigada no MAM.
Existe nos museus uma importante área chamada de reserva técnica onde são guardados e conservados os objetos que não são expostos, mas que mesmo assim podem ser estudados por quem se interesse , essas peças também podem ser emprestadas para exposições de outras instituições.
4- Os profissionais do museu
Os museus precisam de profissionais qualificados como restauradores, museólogos, pesquisadores, curadores, técnicos de montagem e iluminação que tenham conhecimentos especiais em conservação,restauração, etc.
Estes profissionais cuidam  da organização e da classificação das peças, e também são responsáveis por buscar informações sobre essas peças para compor o acervo.
5- Relação entre as ciências e o museu
“...os museus também mudam, se transformam.”
As exposições podem ser entendidas de várias formas, dependendo da bagagem de conhecimentos de cada visitante.
6- O museu e o publico
Os Museus chegam ao século XXI como lugar de sucesso e com um publico muito heterogêneo, oferecendo aos visitantes várias oportunidades.
Nos dias de hoje há ainda os museus que impedem um maior contato dos visitantes com suas peças, por motivo de segurança eles cercam as peças de alarmes de segurança impedindo que sejam tocadas. Já outros museus buscam que seus visitantes interajam com a exposição, fazendo assim que sua visita seja mais proveitosa.   


quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

JOSÉ AUGUSTO GARCEZ, PRECURSOR DA MUSEOLOGIA SERGIPANA

No mês de maio, período em que se comemora a Semana de Museus no Brasil, faz-se necessário resgatar fragmentos da história de um homem que contribuiu significativamente para o desenvolvimento e formação do pensamento museológico sergipano. 

De acordo com a museóloga Cristina Bruno, “a construção da memória da Museologia é uma tarefa que não pode ser realizada, muitas vezes, sem o estudo biográfico e a análise da produção de seus principais protagonistas” (Bruno & Neves. Museus como agentes de mudança social e desenvolvimento. São Cristóvão: Museu de Arqueologia de Xingó, 2008. p. 23). Esse é o caso da Museologia sergipana, pois a trajetória do colecionador e museólogo José Augusto Garcez, se entrelaça com a história cultural do Estado de Sergipe, principalmente nas décadas de 1940 e 1950 do século XX, onde exerceu uma forte influência para o desenvolvimento dos nossos museus. 

Nascido em 1918, na Usina Escurial (São Cristóvão), filho de Silvio Sobral Garcez e Carolina Sobral Garcez, iniciou seus estudos secundários no Colégio Tobias Barreto, concluindo-os no Colégio Maristas, em Salvador. Mais tarde, ainda na Bahia, iniciou o Curso de Direito, que, por motivos de saúde, não chegou a concluir. Foi nesse momento de fragilidade física que, Garcez conheceu o médico Prado Valadares, de quem se tornou amigo e a quem dedicou um interessante texto biográfico, em 1938. Iniciando sua atuação como articulista, aos 20 anos, Garcez passa a contribuir com vários jornais na Bahia, no Rio de Janeiro, em São Paulo e, sobretudo, na imprensa sergipana. 

Intelectual atuante e aficionado pelo universo da cultura, José Augusto Garcez fez parte de mais de uma dezena de instituições culturais, dentre elas o Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe (IHGSE), a Sociedade Brasileira de Folclore, a Associação Sergipana e Brasileira de Imprensa. Ingressou na Academia Sergipana de Letras em 15 de novembro de 1972, tornando-se o ocupante da cadeira de número 22. Em 1953, fundou um dos mais importantes movimentos culturais do Estado, o Movimento Cultural de Sergipe, responsável pela edição de dezenas de livros, chegando à década de 1960, com 37 volumes publicados, revelando e destacando grandes nomes da literatura sergipana. 

Imbuído do desejo de musealizar as raízes culturais de Sergipe, José Augusto Garcez fundou, em 1948, e manteve com recursos próprios, o “Museu Sergipano de Arte e Tradição”, o qual foi detentor de um grande acervo referente à cultura material de Sergipe, resultado de coletas feitas em suas viagens pelo interior do Estado. A partir de suas ações museológicas, Sergipe passa a se destacar no quadro da museologia nacional, acompanhando o período de efervescência do surgimento dos Museus de Arte Moderna. Nesse sentido, Maria Cecília Lourenço informa que, naquele contexto, “nem todos [os museus] são chamados de Museu de Arte (...). Outros contêm em sua denominação Museu de Arte e Tradição, como os do Estado do Sergipe, sediados em Aracaju (1948) e na cidade de Itaporanga D’Ajuda” (LOURENÇO. Museus Acolhem Moderno. EdUFS, 1999, p.89). 

Foi no Museu de Arte e Tradição que o intelectual preservou, pesquisou e comunicou parte do patrimônio salvaguardado. Mesmo funcionando em um espaço inapropriado, o que limitava a expografia e dava um aspecto de grande reserva técnica ou depósito, a instituição cumpriu suas funções museais, conferindo-lhe destaque diante de sua funcionalidade e sendo bastante visitado. Foi nesse cenário que ocorreu um progressivo desenvolvimento das pesquisas e estudos da cultura material sergipana, desdobrando-se em algumas publicações, a exemplo de “Canudos Submersos” (1956), “Holandeses em Sergipe” (no prelo), “O destino da Província” (1954), dentre outros. Sua casa tornou-se um centro irradiador do pensamento museológico sergipano, sendo sua coleção uma chave reveladora para o seu entendimento, através da qual seus estudos construíam, reconstruíam e desconstruíam versões pautadas no processo da pesquisa de documentação museológica. 

Como reza o ditado popular, “costume de casa vai à praça”, assim fez o colecionador, extrapolando para além da sua residência, os conhecimentos museológicos. Sabedor do poder do rádio, enquanto instrumento de educação e expansão da cultura, Garcez criou o programa “Panorama Cultural”, em 1949, na antiga Rádio PRJ 6, o qual se caracterizou pela divulgação das atividades de pesquisa desenvolvidas no âmbito do Museu de Arte e Tradição, entre elas poesia, literatura brasileira e sergipana. 

Garcez foi o idealizador do Serviço de Pesquisa e Documentação Cultural-Científica, cuja função era resgatar documentos que versavam sobre a história sergipana, criando, também a Biblioteca Popular Tobias Barreto, fatos que atestam as idéias do colecionador em ressaltar os valores culturais de Sergipe. 

Atuando em vários planos da Museologia, Garcez foi da prática à teoria com o seu livro “Realidade e Destino dos Museus” (Aracaju: Livraria Regina, 1958), sendo o responsável por uma obra pioneira de análise crítica e comparativa das primeiras instituições museológicas do Estado de Sergipe. Através da sua leitura é possível perceber a sua insurgente atuação em prol da cultura sergipana, sobretudo no campo Museológico, reivindicando melhorias para os nossos museus e, até mesmo, a criação de um museu para a cidade de Aracaju. 

Partindo dessa breve análise da atuação de Garcez, podemos concluir que a sua preocupação com a musealização da memória cultural de Sergipe e a sua atuação prática – fazendo do Museu Sergipano de Arte e Tradição o primeiro espaço que efetivamente desenvolveu as funções básicas de uma instituição museal: a preservação, pesquisa e comunicação – torna-o precursor do pensamento museológico sergipano. Em 1976, parte da sua coleção foi vendida para o governo do Estado e passou a compor os acervos do Museu Histórico de Sergipe (São Cristóvão), do Museu Afro-Brasileiro de Sergipe (Laranjeiras) e do Arquivo Público Estadual, em Aracaju. 

Em 12 de janeiro de 1992, aos 74 anos, José Augusto Garcez faleceu em Aracaju. Na ocasião, Luiz Antônio Barreto destacou que: “mais do que a foto antiga repleta de mortos, fica a memória, o gesto (...) abençoa[n]do a todos que buscavam na sua casa - mais que uma casa, um refúgio e um museu - o contato e o convívio da intimidade que a cultura sempre fez possível, pela linguagem do mesmo fazer” (José Augusto Garcez, um estranho homem. Revista do IHGSE. N° 31, 1992). Assim, entre os que fazem a Museologia sergipana hoje, resta uma dívida para com Garcez, homem cuja obra pode e deve ser resgatada e discutida.

Texto: Cláudio de Jesus Santos (Acadêmico do curso de Museologia e integrante do Grupo de Estudos e Pesquisas em História das Mulheres da Universidade Federal de Sergipe)

EXPOSIÇÃO TEXTUAL É ABERTA NA OFICINA ESCOLA DE LARANJEIRAS



A I Exposição Textual intitulada: ‘Da Palavra ao Texto: dando um novo rumo ao conhecimento’, foi aberta nesta segunda-feira, 13 de dezembro, e vai até o dia 17, sexta-feira. O evento acontece na Oficina Escola de Laranjeiras e estará aberto aos visitantes nos períodos da manhã e tarde, expondo textos dos alunos da disciplina ‘Produção de Texto I’. Na manhã de hoje (13/12), os próprios discentes montaram a exposição, criando um ambiente bem rústico, lembrando um verdadeiro espaço de produção de textos. Na foto, os alunos da disciplina e professor responsável, Fábio Figueirôa (camisa azul).




O trabalho foi impresso em tamanho A3, papel “couchet”, diagramados e moldurados, onde a maioria dos textos já faz parte do objeto de estudo da monografia de cada um.

“Uma forma de incentivá-los e prepará-los para algo muito maior: o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)”, diz o professor orientador, Fábio Figueirôa. Na abertura, foi oferecido um coquetel aos convidados, participantes e professores do campus de Laranjeiras da UFS.

No término da exposição presencial, todos os textos estarão disponíveis para acesso na internet. A produção será postada na íntegra, com as referências bibliográficas, em formato de artigo, aqui no portal Museus em Sergipe. É que pela primeira vez em Sergipe, foi criado um portal na web para divulgação de assuntos relacionados à museologia, a cultura, ao patrimônio e eventos relacionados aos espaços museais de Sergipe.

O site www.infonet.com.br/museusemsergipe foi criado pelo professor Figueirôa, com a ajuda de alunos do curso e com o apoio do portal Infonet. “O Museus em Sergipe surge devido à carência que sentimos durante a disciplina ‘Tópicos Especiais em Educação e Comunicação nos Museus’. Observamos que no Estado não há um espaço na internet que divulgue os eventos, museus e galerias existentes. Com isso, iremos publicar as produções textuais dos alunos do curso de Museologia também na web”, finaliza.



Alunos montando a exposição.



FICHA TÉCNICA
I Exposição Textual - "Da Palavra ao Texto: Dando um Novo Rumo ao Conhecimento"

Exposição do curso de Museologia da Universidade Federal de Sergipe/Campus Laranjeiras

Idealizador da exposição: Prof. M.Sc. Fábio Figueirôa

Diagramação, correção e orientação dos textos: Prof. M.Sc. Fábio Figueirôa

Arte e programação visual: Prof. M.Sc. Fábio Figueirôa

Equipe de Montagem: ALESSANDRA PEREIRA SANTOS BRITO, ANGELA MARIA FERREIRA DE ANDRADE, BENEDITO SANTOS, HILDENIA SANTOS DE OLIVEIRA, KATIANE ALVES DOS SANTOS, MARIA MARCIA CRISANTO LEAO MONTIJANO, ELISÂNGELA BARRETO, ROSANGELA SANTOS DOS REIS.

Autores dos textos:
ALESSANDRA PEREIRA SANTOS BRITO, ÂNGELA MARIA FERREIRA DE ANDRADE, BENEDITO SANTOS, ELISÂNGELA BARRETO, FÁBIO COSTA FIGUEIRÔA, HILDÊNIA SANTOS DE OLIVEIRA, JOVELINA MARIA DE SANTANA, KATIANE ALVES DOS SANTOS, MARIA MÁRCIA CRISANTO LEÃO MONTIJANO, RAMON DIEGO FONSECA COSTA E ROSANGELA SANTOS DOS REIS. 



Por Prof. Fábio Figueirôa 

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Museu Afro-brasileiro

Museo Afro-brasileiro

Prédio onde está situado a Museu Afro

Fachada do Museu Afro





Criado em 1976, o Museu Afro-brasileiro de Sergipe foi montado especificamente para o estudo da presença do negro na formação do povo brasileiro. Mantém em acervo em exposição permanente, com peças ligadas à produção açucareira. Instrumentos de tortura utilizados pelo branco durante o período da escravidão, mobiliários e meios de transporte usados pelos senhores de engenho. 

O museu está localizado em um sobrado do século XIX, na Rua José do Prado Franco, nº 70, em Laranjeiras. O espaço fica aberto ao público de terça a domingo, das 10h às 17h e nos finais de semana das 13h às 17 h. Mais informações através do telefone: (0xx79) 3281 2418. 

Visitar o Museu Afro-Brasileiro de Laranjeiras é tomar contato com os dois lados da presença africana no Brasil, o do sofrimento da escravatura, através dos instrumentos de tortura expostos , e da rica contribuição cultural  que nos foi legada.



Casa de Folclore Zé Candunga

Fachada da Casa do Folclore Zé Candunga


Local que abriga representações do folclore do estado sergipano, a Casa de Folclore Zé Candunga está situada na Travessa Coronel de Freitas, 49, na cidade de Laranjeiras e possui um acervo que é um referencial para narrar a história das manifestações folclóricas local.  

Funcionando de  8 às 11 horas da manhã e de 14 às 15 horas da tarde nos dias de terça a sexta, além de abrir nos feriados e nos finais de semana, essa entidade nos permite conhecer festejos, costumes, a identidade do nosso povo.

O acervo da instituição possui desde objetos que representam grupos folclóricos local, (seus trajes, instrumentos), estandartes dos Encontros Culturais de Laranjeiras e homenagens a ilustres estudiosos, brincantes, que fortaleceram a cultura do nosso Estado.

Atualmente, a Casa está sobre direção de José Antônio e possui dois funcionários que ajudarão aos visitantes nesse mergulho na nossa história.

Alguns dos acervos expostos na Casa de Folclore Zé Candunga:

Parte do acervo da Casa de Folclore Zé Candunga. Uma visita importante que resgata o folclore laranjeirense.

Bonecas e fotografias que resgatam o folclore na Casa Zé Candunga.

Outra foto que registra o acervo da Casa de Folclore Zé Candunga. Fotos das alunas Iris e Ingrid.




  • As alunas Ingrid Batista Santos e Iris Wliany da Costa Tavares, com a coordenação do professor Fábio Figueirôa, são as autoras das fotos da Casa de Cultura Zé Candunga.

Casa de Cultura João Ribeiro

Fachada da Casa de Cultura João Ribeiro


Nascido em 24 de junho de 1860 e criado onde hoje se localiza a Casa de Cultura que leva o seu nome. João Ribeiro iniciou seus estudos em Laranjeiras, terminando-os no Atheneu Sergipense, em Aracaju, no ano de 1880. 


João Ribeiro

Visitação
Local: Rua João Ribeiro, s/n, Laranjeiras – Sergipe
Horários de visitação: de Terça à Sexta, das 10h às 17h
Valor da Visitação: Gratuito

sábado, 4 de dezembro de 2010

I Exposição Textual




Enviado por Prof. Fábio Figueirôa 
‘Da Palavra ao Texto: dando um novo rumo ao conhecimento’. Esse é o título da I Exposição Textual realizada pelos alunos do curso de Museologia da Universidade Federal de Sergipe. O evento acontece de 13 a 17 de dezembro, na Oficina Escola de Laranjeiras, a partir das 9h, expondo as produções dos alunos da disciplina ‘Produção de Texto I’, em tamanho A3, papel “couchet”, diagramados e moldurados, onde a maioria dos textos já faz parte do objeto de estudo da monografia de cada um. “Uma forma de incentivá-los e prepará-los para algo muito maior: o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)”, diz o professor orientador, Fábio Figueirôa. Na abertura, será oferecido um coquetel aos convidados, participantes e professores do campus de Laranjeiras da UFS.

No término da exposição presencial, todos os textos estarão disponíveis para acesso na internet. A produção será postada na íntegra, com as referências bibliográficas, em formato de artigo. É que pela primeira vez em Sergipe, foi criado um portal na web para divulgação de assuntos relacionados à museologia, a cultura, ao patrimônio e eventos relacionados aos espaços museais de Sergipe. O sitewww.infonet.com.br/museusemsergipe foi criado pelo professor Figueirôa, com a ajuda alunos do curso e apoio do portal Infonet. “O Museus em Sergipe surge devido à carência que sentimos durante a disciplina ‘Tópicos Especiais em Educação e Comunicação nos Museus’. Observamos que no Estado não há um espaço na internet que divulgue os eventos, museus e galerias existentes. Com isso, iremos publicar as produções textuais dos alunos do curso de Museologia também na web”, finaliza.